quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A Genética paleolítica dos Europeus


Um Estudo de ADN trastoca as teorias das Origens europeias
 
O novo estudo é um golpe à ideia de que a maioria dos homens europeus som descendentes de agricultores que migraram do Oriente Próximo 5.000-10.000 anos.

Os descobrimentos desafiam investigações anteriores anteriores que mostravam que os marcadores genéticos dos agricultores deslocaram a os caçadores indígenas da Europa.

As investigações mais recentes inclina-se para ideia de traçar uma linha de descendia para a maioria dos homens da Europa que chegue até os caçadores da idade da pedra. Mas os autores afirmam que mais trabalho ainda e necessário para poder responder a esta questão. O estudo, realizado por uma equipa internacional, é publicado na revista Proceedings of the Royal Society B. mostra que os humanos modernos se estabeleceram na Europa faz perto de 40.000 anos - durante um tempo conhecido como o Paleolítico.


Estas pessoas sobreviveram a Idade de Gelo durante 20.000 anos atrás, ao retirar-se para refúgios relativamente quentes no sul do continente, antes de expandir-se de novo para o norte da Europa quando o gelo se derreteu. Só alguns milhares de anos depois de que Europa fora repovoada por estes caçadores, o continente passou por um importante cambio cultural. Os Agricultores desgraçarem-se para o oeste da zona que hoje é Turquia, trazendo com eles uma nova economia e modo de vida. Em que medida os europeus modernos som descendentes de que esses primeiros agricultores ou dos os indígenas caçadores que se estabeleceram no continente milhares de anos antes é uma questão que genera um acalorado debate. Os resultados variam segundo os marcadores genéticos estudados e estão sujeitos a diferentes interpretações.

Árvore genealógica
O mais recente estudo centrou no cromossoma Y - um pacote de ADN que é herdado de forma mas ou menos inalterada de pais a filhos. Os cromossomas Y das pessoas de atuais podem ser classificados em diferentes tipos, ou linhagens, que - em verdadeira medida - refletem as suas origens geográficas.



Mais de 100 milhões de homens europeus carregar um tipo chamado R-M269, portanto identificar quando esse grupo genético se espalhado é vital para a compreensão do povoamento da Europa. O R-M269 é o mais comum na Europa Ocidental, atingindo frequências de 90% ou mais em Espanha, Irlanda e Gales. O Neolítico foi um momento de mudança cultural importante na Europa, mas este tipo de distribuição alcança o seu mais alto na beira atlântica.

Patricia Balaresque e os seus colegas da Universidade de Leicester publicou um artigo um artigo em 2010 mostrando que a diversidade genética de R-M269 aumenta à medida que nos move ao lês-te - alcançando um bico em Anatólia (a Turquia moderna).

A diversidade genética é usada como uma medida de idade; linhagens que estiveram presentes ao comprido tempo acumulam mais diversidade. Assim, este princípio pode ser usado para estimar a idade de uma população. Quando a equipa de Leicester estimaram desde quantos anos o R-M269 estiver presentes a diferentes populações em toda a Europa, encontraram que essas idades eram mais ajeitadas para uma expansão no período neolítico (entre 5.000 e 10.000 anos atrás).

Comparação entre a frequência de aplogrupos do cromossoma E entre sardos e anatolios (Morelli et alii, 2010)



As conclusões da equipa receberam apoio em dois artigos, um publicado em agosto de 2010 e o outro em junho deste ano. Mas um estudo que apareceu o ano passado apoiou a ideia de uma origem mais antiga, no Paleolítico, para o R-M269.

Estimações de idade
Agora, uma equipa no que se incluen Cristian Capelli e George Busby na Universidade de Oxford tevem explorado a questão. Os seus resultados, com base numa amostra de mais de 4.500 homens da Europa e da Ásia ocidental, não mostraram tendências geográficas na diversidade de R-M269. Tais tendências seriam  esperáveis se a linhagem se tinha expandido da Anatólia com os agricultores neolíticos.

Ademais, sugerem que alguns dos marcadores do cromossoma Y são menos fiáveis que outros para estimar as idades de linhagens genéticas. Por estas razões, eles argumentam que as atuais ferramentas analíticas são inadequadas para descrever a expansão do R-M269.

Estudo de ADN a partir de restos antigos poderia atirar mais luz sobre as origens europeias. De facto, o Dr. Capelli e a sua equipa dizem que o problema se estende a outros estudos de linhagens do cromossoma Y: já que datas com base na análise de marcadores de ADN convencional pode ser "sistematicamente subestimado", segundo dizem em Proceedings B.

O Dr Capelli destacou que o seu estudo não pode ainda responder à pergunta de quando o omnipresente R-M269 se expandiu por Europa, malia o seu laboratório está realizando mais trabalho sobre o assunto. "Por enquanto não é possível afirmar nada sobre a idade desta linhagem", disse à BBC News, "Eu diria que estamos pondo o bola no meio do campo". Outro dos com coautores o Dr. Jim Wilson, da Universidade de Edimburgo, explicou: "Estimar a data em que uma linhagem ancestral se originou é uma interessante aplicação da genética, mas, desgraçadamente, está cheia de dificuldades."

 A frequência cada vez maior de R-M269 na Europa Ocidental, junto com outros dados, fora vista por alguns investigadores como uma indicação de que genes do Paleolítico Europeu sobreviveram nesta região -. A origem mais recente para R-M269 no Neolítico ainda é possível. Mas os investigadores apontam que, trá-lo advento da agricultura, as populações da Europa explodiram demograficamente, o que significa que, de entrada, seria mais difícil para os novos imigrantes deslocar a antiga população local.

( BBC News 23/08/2011, Paul Rincon )


Referências

- Balaresque P, Bowden GR, Adams SM, Leung H-Y, King TE, et al. : "A Predominantly Neolithic Origin for European Paternal Lineages" PLoS Biol 8/1  DOI: 10.1371/journal.pbio.1000285

- Busby, G.B.J, Capelli, Ch. et alii, "The peopling of Europe and the cautionary tale of Y chromosome lineage R-M269" Proc. R. Soc. B24, 2011  DOI: 10.1098/rspb.2011.1044

- Morelli L, Contu D, Santoni F, Whalen MB, Francalacci P, et al., "A Comparison of Y-Chromosome Variation in Sardinia and Anatolia Is More Consistent with Cultural Rather than Demic Diffusion of Agriculture" PLoS ONE 5/4 2010   DOI: 10.1371/journal.pone.0010419

- Myres1 N. M, Rootsi S, Lin A. A, Järve M. et alii: "A major Y-chromosome haplogroup R1b Holocene era founder effect in Central and Western Europe" EJHG 19, 2011  pp. 95–101  DOI: 10.1038/ejhg.2010.146 
 
- Sjödin P, François O, "Wave-of-Advance Models of the Diffusion of the Y Chromosome Haplogroup R1b1b2 in Europe" PLoS ONE 6/6 2011   DOI: 10.1371/journal.pone.0021592
 

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